quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Especial Fábio Jr

O ídolo de todas as gerações
Segundo dos três filhos de Antônio Luiz e Nilva, o paulistano Fábio Corrêa Ayrosa Galvão nasceu na manhã do dia 21 de novembro de 1953 e foi criado no bairro do Brooklyn com seus irmãos Danilo e Heraldo.
A família de classe média não era rica, com o pai taxista e a mãe professora de piano, e desde cedo o jovem Fábio trabalhou – com os irmãos – na banca de jornais com a qual o pai encarava o orçamento familiar.
Já naquela fase, Fábio sonhava estar na capa de revistas como as que entregava na casa dos fregueses.
Afinal, desde o início da adolescência, os programas musicais na televisão foram sua grande paixão e, estimulado pelo violão presenteado pelo pai, Fábio formou um trio vocal com seus irmãos – Os Colegiais, pouco depois rebatizado de Os Namorados, grupo que inicialmente participou do “programa preparatório” do Festival de Música Infantil da TV Bandeirantes e depois do programa Mini-Guarda, apresentado pelos também artistas mirins Ed Carlos, Mário Marcos e Enza Flori por cerca de um ano – entre 1967 e 1968.
A Rainha Morta
Naquela ocasião, o estímulo para o prosseguimento na carreira artística veio por um elemento externo – um diretor de televisão que desafiou o empenho do cantor adolescente ao dizer-lhe que ele não sabia cantar, mas que poderia dedicar-se à dramaturgia. Fábio ingressou no tele-teatro – comandado pela lendária Cacilda Becker e dirigido por Walter George Durst -, estreando com a peça “Inês de Castro, A Rainha Depois de Morta”, e chegou a participar de especiais na TV Cultura, ao lado de atores consagrados como Paulo Autran e Etty Frazer.
Mas a paixão pela música permaneceu e felizmente também o estímulo dos pais. Levados pelo pai a rádios e shows, Os Namorados acabaram conhecendo o músico e produtor Arnaldo Saccomani, que em 1970 os levou para cantar numa gravação de Ronnie Von e acabou produzindo um primeiro compacto para a Polydor.
O cantor Christie estava estourado mundialmente com “Yellow River” e o grupo gravou uma versão em português, intitulada naturalmente “Rio Amarelo” e que foi o lado principal daquele primeiro disquinho. Mas, historicamente, o lado B é mais importante pois trazia “A Saudade Que Ficou”, uma das primeiras músicas compostas por Fábio. O compacto não aconteceu, nem tampouco seu sucessor, lançado no ano seguinte pela mesma Polydor – com uma versão para o sucesso internacional “What Have They Done To My Song Ma”.
Fábio não desanimou da carreira musical, ainda que o grupo tenha praticamente terminado no início dos anos 70, quando – já na maioridade – ele teve empregos em lojas de departamentos e também fazendo transporte escolar em São Paulo.
Os três irmãos dos Namorados acabaram se reunindo novamente alguns meses mais tarde, como Bossa 4 e depois – já com a cantora Malu – renovaram-se sob o nome artístico de Grupo Arco-Íris, que chegou a gravar um único compacto simples pelo selo Sinter em 1973.
Mas Fábio Galvão queria ser conhecido com seu próprio nome e, principalmente, cantar em português. O produtor Caion Gadia reuniu Fábio e o também cantor e compositor Silvio Brito no programa “Aleluia”, no ar por nove meses na TV Tupi, e já naquele momento Fábio passou a adotar o pseudônimo artístico Fábio Jr. – para não haver confusão com o ator Flávio Galvão. Foi o momento em que Fábio, contratado pela Philips, fincou o pé e acabou gravando seu primeiro LP creditado a Fábio Jr. em 1976. No repertório, diversas parcerias com o letrista Paulo Coelho e também uma releitura de “A Noite do Meu Bem”, clássico de Dolores Duran. Mas o disco não aconteceu.
Fábio foi então lembrado pelo diretor Walter George Durst, que selecionava elenco para uma nova novela da TV Globo. Chamado pelo telefone para fazer o papel reservado especialmente para um ator paulistano, Fábio mudou-se para o Rio de Janeiro e estaria no elenco da novela “Despedida de Casado” – não tivesse a mesma sido censurada às vésperas de sua estréia no final de 1976. Acabou então estreando em “Nina”, no ano seguinte, e em seguida estrelou o caso especial – que eventualmente virou série – “Ciranda, Cirandinha”, ao lado de Lucélia Santos, Denise Bandeira e Jorge Fernando.
Naquele ano de 1978, Fábio estava determinado a firmar-se também como cantor e compositor e invadiu a sala dos diretores da TV Globo com todos os discos que gravara até então – como Os Namorados, Grupo Arco-Íris, Uncle Jack, Mark Davis e Fábio Jr.
A determinação do jovem ator foi tamanha que, no episódio “Toma Que O Filho é Teu”, ele teve a chance de cantar sua música “Pai”, ainda inédita. A novelista Janete Clair gostou da canção e ela tornou-se tema de “Pai Herói” – novela global que estreou em janeiro de 1979, ano em que Fábio Jr. foi contratado pela gravadora Som Livre e finalmente encontrou o caminho do sucesso.
Conduzindo com sabedoria sua carreira desde 1979, ano em que participou do longa-metragem “Bye Bye Brasil”, de Cacá Diegues, ao lado de Betty Faria, José Wilker e Zaira Zambelli, Fábio ingressou numa agenda frenética de gravações de discos e novelas, além de shows por todo país. No período das décadas de 80 e 90, gravou diversos discos, participou de várias novelas e apresentou um programa de TV, com surpreendente simultaneidade, cravando na história de nossa cultura o feito inédito de artista de sucesso tanto como cantor, compositor, apresentador e ator. Fábio Jr. é um artista completo!
No século XXI, a notoriedade alcançada pela musicalidade reflete em seus sucessos e dia após dia conquista fãs por todo o Brasil. Com um carisma inigualável e uma carreira brilhante, Fábio Jr. é consagrado.
Marcelo Fróes
Fonte:
www.mc3art.com.br/fabiojr/

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